Três meses após a sequência de assassinatos ocorrida em Camaragibe e Paudalho, em Pernambuco, a Polícia Civil do Estado (PCPE) cumpriu, na manhã desta quinta-feira (14), cinco mandados de prisão e vinte de busca e apreensão domiciliar de suspeitos de envolvimento nos crimes. Após disparos de arma de fogo nos dias 15 e 16 de setembro passado, nove pessoas morreram.
Os mandados da operação, denominada Sobejo, foram expedidos pelo Juízo da Primeira Vara Criminal da Comarca de Camaragibe, localizada na Região Metropolitana do Recife. No cumprimento dos mandados, foram empregados 130 policiais civis, entre delegados, agentes e escrivães.
Segundo a PCPE, a investigação começou em setembro para “identificar e desarticular associação criminosa envolvida na prática dos homicídios ocorridos no dia 15 de setembro” no bairro de Tabatinga, em Caramaragibe.
A polícia não informou se os detidos eram policiais militares. Em nota, no entanto, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) informou que foram “deferidas judicialmente medidas cautelares diversas da prisão (afastamento de suas atuais funções públicas) em relação a pessoas que, pelas condutas que tiveram durante a perpetração dos crimes e pela posição funcional que ocupam, podem influenciar na continuidade da investigação.”
Isso significa, segundo o MPPE, que algumas pessoas foram afastadas das suas respectivas funções.
Entenda o caso
Na noite de 15 de setembro passado, Alex Barbosa da Silva, conhecido como Alex Samurai, trocou tiros com dois policiais militares, no bairro de Tabatinga, em Camaragibe. Os agentes morreram.
Logo após o confronto entre Alex e os PMs, outras seis pessoas foram assassinadas entre a madrugada e a manhã do dia 16, sendo cinco parentes de Alex e ele próprio. Entre os parentes de Alex, a mãe e a companheira dele foram executadas em Paudalho, na Zona da Mata Norte do Estado.
A Sobejo
A operação Sobejo teve à frente a Diretoria Integrada do Especializada (Diresp), presidida pelo Grupo de Operações Especiais (GOE), unidade do Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco).
A ação também teve assessoramento da Diretoria de Inteligência da Polícia Civil de Pernambuco (Dintel) e apoio operacional da Corregedoria Geral da Secretaria de Defesa Social.
Também em nota, a PCPE informou que os “detalhes da referida operação serão divulgados pela Assessoria de Comunicação da Polícia Civil em momento oportuno”.
Por Portal Folha de Pernambuco – Foto: Reprodução/Vídeo