O Sertão Notícias da Rádio Cultura FM entrevistou, nesta segunda-feira (13), o Capitão Souza Júnior do 3º Grupamento de Bombeiros. Na conversa, ele deu mais detalhes sobre o afogamento de um homem no açude na Fazenda Saco.
O Capitão afirmou que quando os Corpo de Bombeiros foi acionado pela população, o corpo do homem já estava debaixo d’água há aproximadamente uma hora. “Quando chegamos ao local, fizemos a busca, e constatamos o corpo afogado, enrolado em uma rede, em torno de quatro a seis metros de profundidade. Populares nos informaram que ele estava jogando rede tarrafa, quando o barco começou a balançar, ele escorregou e caiu. O que a gente acredita que aconteceu foi que como ele estava com a rede enrolada nos braços, ele foi levado para o fundo. Na tentativa de subir, ele se enganchou em uma outra rede, na rede de espera, e ficou preso lá embaixo”
Capitão Souza Júnior ainda informou que o homem de 32 anos não estava sozinho na embarcação. “Estava ele e mais duas pessoas no barco. As outras pessoas foram resgatadas por moradores do local, mas como ele estava enroscado na rede, submergiu rapidamente”.
O capitão do Corpo de Bombeiros também afirmou que após dez minutos debaixo de água, a vítima já pode correr sérios riscos. “A partir de 10 minutos, os danos são irreversíveis. Mesmo se for socorrido, com a demora, alguma região do cérebro deixa de ser receber oxigênio, e mesmo se sobreviver, a vítima acaba ficando com sequelas graves”.
Com a chegada do Carnaval, é comum que as pessoas busquem momento de diversão envolvendo bebida e banhos de rio ou de açude. O Capitão Souza Júnior fez um alerta sobre essa prática: “Devemos ter muito cuidado em relação às redes de pescas, à cercas, pedras e relevos. O ideal é que a gente evite ultrapassar água acima da altura do joelho, porque pode der uma depressão e a pessoa ser puxada para o fundo. A gente orienta que as pessoas evitem entrar nesses ambientes desconhecidos. Orientamos também que as pessoas evitem beber e tomar banho de açude ou rio, já que a bebida deixa as pessoas desorientadas. A água parada dá uma sensação de tranquilidade, já que não tem ondas, mas ainda assim há riscos”.
Confira a entrevista completa a seguir:
