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59 mil domicílios recusaram Censo e podem levar multa de até R$ 13 mil

by Caren Diniz

Cinquenta e nove mil domicílios em Pernambuco recusaram receber os recenseadores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), para participar do Censo 2022.

Nesses locais, os proprietários podem começar a receber multas com valores de até dez salários mínimos, o equivalente a R$ 13.020. Ao todo, mais de 3 milhões de residências já responderam.

De acordo com o IBGE, em Pernambuco, os locais em que há maior dificuldade de acesso aos moradores são os bairros nobres da Zona Sul do Recife, como Boa Viagem e Pina. Além disso, áreas de comunidades de Jaboatão dos Guararapes e Paulista, na Região Metropolitana, também têm baixa adesão.

Para tentar resolver o problema, o presidente nacional do IBGE, Cimar Azeredo, está em Pernambuco. Ele contou que, de acordo com a metodologia do Censo, os recenseadores vão até quatro vezes a casas para obter as respostas. Nesta edição, no entanto, eles chegam a ir 20 vezes a alguns locais.

“O Censo começa a custar mais caro, porque o recenseador tem que retornar 20 vezes numa casa para responderem. E isso é ruim, porque vai chegar a um ponto em que o IBGE vai começar a enviar as multas. Uma multa por não responder ao Censo pode chegar a dez salários mínimos. Então, é importante que a população de Boa Viagem, do Pina, responda o Censo”, disse.

“A pessoa pode responder presencialmente ou a gente manda o recenseador na casa dela. Ela também pode responder pela internet, por telefone. Vai receber um código para responder pela internet. O importante é que responda ao Censo”, declarou.

O presidente do IBGE também disse que, sobretudo nos bairros de Boa Viagem e do Pina, a grande barreira enfrentada pelos recenseadores são os síndicos e os porteiros.

“A gente pede aos moradores que conversem com seus síndicos, que eles podem abrir um espaço no playground, na garagem, na porta do prédio. Um local para o recenseador sentar e chamar todos os moradores para responder ao Censo. Foi feito assim na minha casa”, explicou.

Ainda segundo Cimar Azeredo, é importante que o Censo tenha o máximo possível de informações, para que o poder público tenha dados atualizados e precisos da população.

“A população que vai perder, porque não teremos informação nem evidências para construir políticas públicas precisas. Perdemos em educação, em serviços essenciais e em segurança. Então, o Censo é fundamental. É o Censo que vai dizer quantos somos, onde vivemos e como vivemos. E aí partir dessa informação, a gente consegue construir políticas precisas, baseadas em evidências”, disse.

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