O ex-governador de Pernambuco, Paulo Câmara, deixou oficialmente o comando do Banco do Nordeste (BNB). A decisão foi comunicada na terça-feira (21), durante reunião do Conselho de Administração da instituição.
O cargo passa a ser ocupado interinamente pelo diretor Financeiro e de Crédito, Wanger Antônio de Alencar Rocha, que também integrará o Conselho de Administração. A escolha de um presidente temporário — e não de um substituto definitivo — sinaliza um possível retorno de Paulo Câmara ao comando do banco em janeiro, segundo fontes ligadas à instituição.
Wanger é considerado um nome próximo ao ex-governador, o que reforça a influência do grupo de Câmara dentro do BNB. Em 2026, termina o período de quarentena política previsto para ex-dirigentes partidários, o que deve permitir o retorno de Paulo Câmara ao cargo.
Durante sua gestão, o Banco do Nordeste alcançou recordes históricos de crescimento em operações de crédito. Dados preliminares do terceiro trimestre de 2025 indicam que a instituição segue em forte aceleração em todos os segmentos em que atua.
Em pronunciamento nas redes sociais, Paulo Câmara afirmou que deixa o cargo com a “convicção de ter cumprido à risca a determinação do presidente Lula de fazer o banco crescer”. Segundo ele, o volume de contratações deve chegar a R$ 70 bilhões em 2025, com destaque para a expansão do crédito a micro e pequenos empreendedores, que já representam 62% das operações.
“Caminhamos desde março de 2023 com a certeza de que nossa gestão se aproximou dos setores produtivos, apostando no diálogo para ampliar a disponibilidade de crédito, gerar emprego e renda”, destacou.
O ex-presidente também ressaltou avanços em capacitação de servidores, expansão da rede de atendimento, realização de concurso público e equilíbrio financeiro, que resultou no maior lucro da história do BNB.
“Agradeço ao presidente Lula pela confiança e asseguro que estarei sempre à disposição do seu governo”, concluiu Paulo Câmara.