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Médico conselheiro do Cremepe alerta sobre os meses de junho e julho que apresentam grande o risco de aumento de casos de internamento por Covid-19

by sertao noticias pe

Com o aumento do número de casos confirmados do novo coronavírus e a chegada das festas de São João, a preocupação dos médicos e do Conselho Regional de Medicina (Cremepe) é com o crescimento dos casos graves e de internações por conta da doença. O alerta ocorre principalmente porque mais da metade da população elegível está com terceira dose da vacina em atraso.

O médico pediatra Eduardo Jorge Fonseca, integrante do Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe) e representante regional da Sociedade Brasileira de Imunizações, avisa que terceira dose da vacina é essencial para impedir que os casos se agravem. “Em junho e julho é grande o risco de aumento de casos de internamento por Covid-19”, destacou.

Somente neste sábado (18), foram confirmados 1.650 casos da Covid-19. A maioria dos novos infectados tem a forma leve da doença: 1.642 (99,6%). Também ocorreram oito registros (0,5%) de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag). Na sexta (17), foram 1.905 confirmações da doença, sendo 1.897 (99,6%) leves e oito (0,4%) graves.

O médico afirmou que o país vive uma quarta onda do novo coronavírus, que passou por Goiás, Minas Gerais e está chegando ao Nordeste. Pernambuco tem nove registros da subvariante BA.4 da ômicron

“Precisamos voltar a usar máscara em ambiente interno e não adianta recomendar, tem que ser um decreto. A gente ressalta que provavelmente são as subvariantes BA.4 e BA.5, da ômicron, que têm um comportamento de alta transmissibilidade, tanto que todas as famílias devem ter algum conhecido que pegou recentemente a Covid”, afirmou.

O médico lembrou que a terceira dose da vacina contra a Covid-19 é recomendada para todas as pessoas cima de 12 anos. Ele reforça que a terceira dose é essencial para se proteger da doença.

“Ainda estamos com um quantitativo grande de pessoas que não tomaram. Talvez isso seja o que mais preocupa. A vacina não impede infecção, mas impede com muita propriedade os casos graves, internamentos e óbitos. Duas doses não são suficientes para isso. Já observamos um aumento de casos e de pacientes internados”, afirmou.

Eduardo Jorge Fonseca alertou também para as aglomerações que ocorrem nas festas de São João. O conselheiro do Cremepe aconselhou que as pessoas evitem aglomerações e usem máscara em ambientes fechados.

“Estou muito preocupado com a falta da terceira ou quarta dose e o aumento da transmissibilidade que as variantes têm, isso associado às aglomerações que vão ocorrer no São João, nas grandes festas, onde as pessoas bebem e conversam sem máscara. Vamos ter nas próximas semanas um aumento de internamento de casos de Covid”, disse.

De acordo com levantamento do Programa Nacional de Imunizações (PNI-PE,) preenchido por 95% dos municípios pernambucanos, aproximadamente 516.443 pessoas estão com a segunda dose em atraso. Destas, 183.892 não tomaram segundo dose da Astrazeneca, 123.831 da Coronavac e 208.720 do imunizante da Pfizer.

Com relação à dose de reforço, 629.984 pessoas estão em atraso. Os dados são de 112 municípios (60%), que informaram o quantitativo.

O que diz a SES-PE
Por nota, a SES-PE informou que o governo continua monitorando “de forma permanentemente e criteriosa” a evolução do cenário epidemiológico da Covid-19 e que as medidas para conter o vírus são sempre proporcionais ao momento epidemiológico vivenciado.

No comunicado, a SEE-PE informou que o uso de máscara continua obrigatório em escolas, unidades de saúde, farmácias e no transporte público, mas não deu nenhuma previsão de retorno da obrigatoriedade em outros locais.

Mesmo assim, a secretaria reforçou que recomenda a utilização da máscara pela população em ambientes fechados diante do atual ” momento de maior circulação viral, notadamente com aumento dos casos leves”, especialmente por pessoas com sintomas gripais, pacientes imunossuprimidos e idosos.

A SES-PE lembrou, que é necessário manter a imunização atualizada para evitar formas graves e óbitos pela Covid-19, já que a proteção só é mantida com a aplicação de doses de reforço. “Desta forma, a decisão individual de não tomar ou atrasar as terceiras e quartas doses pode impactar o aumento de casos da Covid-19, pressionando novamente a rede de saúde”, disse, na nota.

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