A menina Raquel Antunes da Silva, de 11 anos, perdeu uma das pernas após ser imprensada entre um poste e um carro alegórico da Em Cima da Hora na saída do Sambódromo do Rio de Janeiro.
Por volta das 9h30 desta quinta-feira (21), a garota saiu do centro cirúrgico do Hospital Souza Aguiar, no Centro da cidade. Ela corria o risco de ficar sem a outra perna, segundo os médicos. Uma tia diz que não há essa possibilidade.
O quadro de Raquel é considerado gravíssimo, porém estável. Ela teve uma parada cardíaca e traumatismo no tórax.
Algumas testemunhas contaram que a menina subiu no carro alegórico da Em cima da Hora, que estava parado na rua. Quando o veículo começou a ser empurrado, a menina sofreu o acidente. Já uma amiga da família disse que a menina estava apenas perto do carro.
Em nota, a escola de samba Em cima da hora disse que estava “apurando com a Liga o que aconteceu”. “No momento, não iremos dar nenhuma declaração”, disse a assessoria de imprensa.
De acordo com testemunhas, Raquel Antunes da Silva subiu no carro alegórico ao se afastar da mãe. Ela teve as pernas imprensadas em um poste na rua Frei Caneca. O local fica a 200 metros do portão da Marquês de Sapucaí.
O estado de saúde de Raquel Antunes da Silva é considerado gravíssimo. A menina teve uma parada cardíaca e fratura no tórax. Segundo uma tia, não há risco da menina perder a outra perna. No início da manhã, os médicos consideraram haver essa possibilidade.
A perícia da Polícia Civil durou cerca de duas horas. Duas testemunhas e dois motoristas do guincho que levava o carro alegórico foram ouvidos pelos policiais. Câmeras de segurança da rua foram solicitadas pelos investigadores.
O acidente e a perícia atrasaram por mais de uma hora os desfiles da Série Ouro na Sapucaí, entre a segunda (Acadêmicos do Cubango) e a terceira (Unidos da Ponte) escolas.
Devido à interdição da via, não seria possível que outra escola entrasse na Sapucaí porque não haveria como escoar os integrantes após o desfile.
Integrantes da Unidos da Ponte chegaram a deitar no asfalto da concentração, na Avenida Presidente Vargas.
Justiça determina que alegorias sejam escoltadas para evitar acidentes
As escolas de samba do Rio de Janeiro terão que escoltar os carros alegóricos do Sambódromo até os barracões para evitar imprevistos. A decisão foi tomada depois que uma menina teve uma perna amputada em um acidente envolvendo uma alegoria da escola Em Cima da Hora, após o desfile da agremiação, na noite de quarta-feira (20).
O carro já tinha deixado o Sambódromo quando, segundo a Liga das Escolas de Samba do Rio (Liga RJ), responsável pelos desfiles da Série Ouro (segunda divisão do carnaval carioca), a menina subiu na alegoria, ocasionando o acidente.