Categorias

Categorias

Início » Retomada: Fernando de Noronha zera casos graves de Covid-19 após vacinação

Retomada: Fernando de Noronha zera casos graves de Covid-19 após vacinação

A pesquisa foi aprovada pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep), do Ministério da Saúde.

by sertao noticias pe

O resultado das duas primeiras fases do estudo epidemiológico que avalia a imunidade dos moradores de Fernando de Noronha vacinados contra a Covid-19 constatou que a imunização reduziu a zero o número de casos graves na ilha. A informação foi divulgada nesta terça (19) pela coordenadora da pesquisa, Regina Brizolara.

“Nós não tivemos mais óbitos ou casos graves de Covid-19. Noronha tem uma cobertura vacinal muito boa. Isso é muito importante nesse momento”, declarou Regina Brizolara.

Segundo a Administração da Ilha, 100% da população maior de 18 anos está com esquema de vacinação completo. Em Noronha, as pessoas com mais de 65 anos recebem a segunda dose de reforço do imunizante contra o coronavírus.

Na segunda-feira (18), os pesquisadores começaram a terceira e última etapa do estudo epidemiológico.

Serão feitas entrevistas e coleta de sangue até o dia 30 de abril, no auditório do Posto Saúde da Família. Nas etapas anteriores a pesquisa contou com a participação de cerca de 2 mil voluntários.

“Ao final desta fase, nós devemos selecionar cerca de 200 pessoas para avaliar a imunidade celular. Nós queremos saber se a imunidade para a doença é mais permanente e se existem outras memórias de defesa que podem proteger o indivíduo”, declarou a coordenadora do estudo. Esta fase extra da pesquisa ainda não tem calendário definido.

Público
Nesta terça-feira (19), a artista plástica Ana Bobko esteve auditório do PSF para participar da terceira fase da pesquisa. Ela tomou todas as doses da vacina e não teve a Covid-19.

“Essa pesquisa é muito importante. Nós vamos ter o resultado da vacina. É um serviço gratuito e ainda contribuímos com a ciência”, declarou a artista plástica.

A dona de casa Maria do Socorro Santos também é voluntária da pesquisa. Ela teve coronavírus no início da pandemia, quando a vacina não estava disponível.

“Eu tive Covid-19 e muitos sintomas. Agora, estou vacinada com as três doses. É fundamental estar imunizada. A vacina evita que a gente morra. Essa pesquisa avalia o comportamento do coronavírus na ilha e, por isso, resolvi participar”, disse Maria dos Santos.

O designer gráfico Romário Azevedo também é voluntário da pesquisa e esteve com os estudiosos para fazer a coleta de material.

“Eu tive Covid-19 em fevereiro deste ano, com poucos sintomas, por causa da vacina, que é essencial. Cuidar da saúde é necessário para conviver em sociedade”, afirmou Romário.

Outras etapas
A pesquisa começou após a primeira fase de vacinação na ilha. A segunda etapa teve início depois da abertura da fase de aplicação da segunda dose do imunizante.

O estudo é a continuidade da pesquisa “Incidência e Prevalência da Covid-19 no Arquipélago de Fernando de Noronha”, realizada em 2020 e 2021, que acompanhou a circulação do vírus na população da ilha no auge da pandemia.

O trabalho é promovido em parceria pela Administração da Ilha, Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip), Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco e a Organização Pan-America de Saúde (Opas).

Também colaboram com o estudo, a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Fundação de Hematologia e a Hemoterapia de Pernambuco (Hemope).

A pesquisa foi aprovada pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep), do Ministério da Saúde.

Podem participar da pesquisa as pessoas que já aderiram ao estudo em outras fases, tendo participado de, ao menos, uma etapa de avaliação da imunidade.

Compartilhar:

Posts relacionados