A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu, temporariamente, na última segunda-feira (28), a autorização de uso emergencial de dois medicamentos usados no tratamento da Covid-19.
O órgão regulador avaliou que os remédios Regn-Cov-2 e Regkirona, de acordo com os dados apresentados pelas empresas, demonstraram queda significativa na atividade contra a variante ômicron do novo coronavírus.
Como atualmente a ômicron é predominante no Brasil, representando 99,1% dos casos da doença no país, a diretoria da agência decidiu, por unanimidade, suspender temporariamente a autorização de uso emergencial dos dois medicamentos, até que sejam apresentados dados que comprovem a sua eficácia contra essa variante ou outra variante de preocupação que venha a se tornar predominante no país.
Mesmo com essa suspensão, a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) recomendou, nesta quarta-feira (30), a incorporação do primeiro medicamento para tratar a Covid-19 ao Sistema Único de Saúde (SUS). O medicamento baricitinibe é indicado para pacientes adultos, hospitalizados e que necessitam de oxigênio por máscara, cateter nasal, ou ventilação não invasiva.
A incorporação, agora, depende do Ministério da Saúde, que pode acatar a recomendação da Conitec. No entanto, como o baricitinibe já foi incorporado ao SUS, em 2020, para o tratamento de pacientes com artrite reumatoide, a expectativa de uma nova incorporação, agora para tratamento da Covid-19, é grande.