Quatro policiais — dois civis e dois militares — morreram nesta terça-feira (28) durante a megaoperação das forças de segurança nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro. A ação, que integra a Operação Contenção, é considerada a mais letal da história do estado, com 121 mortos, segundo balanço do governo do RJ.
Entre os policiais mortos estão:
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Marcus Vinícius Cardoso de Carvalho, 51 anos, comissário da 53ª DP (Mesquita), conhecido como Máskara; 
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Rodrigo Velloso Cabral, 34 anos, da 39ª DP (Pavuna); 
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Cleiton Serafim Gonçalves, 42 anos, 3º sargento do Bope; 
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Heber Carvalho da Fonseca, 39 anos, 3º sargento do Bope. 
Como ocorreu
Segundo a Polícia Civil, Máskara e Cabral foram atingidos na chegada das equipes ao Complexo da Penha, durante confronto com traficantes do Comando Vermelho (CV). Eles foram levados ao Hospital Estadual Getúlio Vargas, mas não resistiram.
Os sargentos Cleiton Serafim e Heber Fonseca, do Bope, morreram em confrontos na Vila Cruzeiro e também foram socorridos no Hospital Getúlio Vargas. Cleiton estava na corporação desde 2008 e deixa esposa e uma filha; Heber era policial desde 2011 e deixa esposa, dois filhos e um enteado.
Marcus Vinícius, o Máskara, tinha 26 anos de carreira e havia sido promovido a comissário na véspera da operação. Já Rodrigo Cabral estava na polícia há menos de dois meses.
Detalhes da operação
A megaoperação, planejada após mais de um ano de investigações da DRE, visava cumprir 100 mandados de prisão contra líderes do Comando Vermelho. Durante os confrontos, criminosos lançaram bombas com drones, incendiaram barricadas e bloquearam vias importantes do Rio. Foram apreendidos 93 fuzis, pistolas, motocicletas e drogas.
No total, 113 pessoas foram presas, incluindo figuras-chave do CV, como Thiago do Nascimento Mendes (Belão do Quitungo) e Nicolas Fernandes Soares (operador financeiro de Edgar Alves de Andrade, o Doca ou Urso).
Além dos policiais, três civis ficaram feridos: um homem em situação de rua, uma mulher em uma academia e outro homem em um ferro-velho. Todos foram socorridos.
Segundo o secretário de Segurança Pública, Victor Santos, a operação “foi planejada com inteligência” e seguirá em andamento. O governo federal informou que não recebeu pedidos de apoio do estado.
 
								 
								 
								 
								


