A mais recente pesquisa do Ipespe, divulgada nesta quinta-feira (25), trouxe um cenário de contrastes entre a imagem do governo Lula e a do Congresso Nacional. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) viu sua aprovação subir para 50%, sete pontos a mais do que em julho, enquanto a Câmara dos Deputados registrou 70% de desaprovação, um recorde negativo para a Casa.
📊 O saldo do governo Lula
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Em dois meses, o presidente conseguiu inverter a balança: hoje a aprovação (50%) supera a desaprovação (48%).
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O crescimento foi impulsionado por setores de centro (49% a 45%) e pela classe média (51% a 46%).
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A esquerda segue como a base de maior apoio (95%), enquanto a direita mantém rejeição de 88%.
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Até a percepção das notícias sobre o governo melhorou: agora 38% veem cobertura positiva, contra 35% negativa.
A pesquisa foi realizada entre os dias 19 e 22 de setembro, antes de dois episódios que reforçaram a imagem do governo: as manifestações populares contra a PEC da Blindagem e o discurso de Lula na Assembleia-Geral da ONU, bem recebido internacionalmente.
🏛️ Congresso sob pressão
Se Lula celebra, a Câmara dos Deputados amarga desgaste. A desaprovação à Casa saltou de 63% para 70% desde julho. Para o cientista político Antonio Lavareda, o aumento está ligado ao motim no plenário em agosto e à tentativa de aprovação da PEC da Blindagem.
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Desaprovação por perfil ideológico: 83% (esquerda), 73% (centro), 58% (direita).
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Por classe social: 78% (ricos), 74% (classe média), 64% (mais pobres).
O Senado, por sua vez, apresentou leve melhora: 26% de aprovação (+1) e 59% de desaprovação (-2).
⚖️ STF em recuperação
O Supremo Tribunal Federal também registrou evolução: aprovação de 46% (+3) e desaprovação de 44% (-5). O aumento foi atribuído à ampla cobertura do julgamento envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro e à presença de manifestações populares com cartazes de apoio à Corte.
Gilmar Mendes classificou as cenas como “prova viva da força do povo brasileiro na defesa da democracia”.
ℹ️ Metodologia
A pesquisa Ipespe ouviu 2.500 eleitores brasileiros com 16 anos ou mais, entre 19 e 22 de setembro de 2025. As entrevistas foram realizadas por telefone e internet. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, em um intervalo de confiança de 95,45%.
Com informações: Nill Jr